domingo, 5 de junho de 2011

Virgindade perpétua: Virgem depois do parto

Ficou grávida, deu à luz, e mesmo depois do parto permaneceu virgem. Em alguns trechos dos Evangelhos e até mesmo em Atos dos Apóstolos vemos os chamados “irmãos de Jesus”: “ Jesus falava ainda à multidão, quando veio sua mãe e seus irmãos e esperavam do lado de fora a ocasião de lhe falar” (Mt 12, 46) “Não é ele o filho do carpinteiro, o filho de Maria, o irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? Não vivem aqui entre nós também suas irmãs? (Mc 6, 3)
É por causa desses trechos bíblicos que muitas pessoas dizem que Maria não permaneceu virgem para sempre, pois teve filhos com José. Isso é uma grande mentira! As pessoas não têm conhecimento das antigas tradições e só em ler um pedacinho da Bíblia já acham que viraram donos da verdade. Antigamente eram comuns os primos ou parentes proximos serem chamados de irmãos. A palavra "irmão" em hebraico também pode significar parentes próximos ou primos. Na sua gravidez, Maria tinha em torno de 15 anos, sendo que José seu esposo já tinha muito mais idade do que ela. Também era viúvo e tinha em torno de cinco ou seis filhos. Como era bem mais velho José morreu antes da paixão de Cristo, e obviamente Maria ficou como mãe adotiva dos outros filhos de José, por consequência seriam irmãos de consideração de Jesus.

Santo Agostinho (354-430) também fala a respeito dos “irmãos de Jesus”:

"Qual é, pois, a razão de ser da expressão "irmãos do Senhor"? Irmãos do Senhor eram os parentes de Maria. Parentes, em algum grau que seja. Como se demonstra isso? Pela própria Escritura, que chama, por exemplo, Lot de irmão de Abraão (Gen 13,8). E ele era um filho de seu irmão. Lede e vereis que Abraão era tio de Lot, e, todavia, chamavam-se ambos de irmãos. Perante esses fatos, ficarão sabendo que todos os consangüíneos de Maria eram considerados irmãos de Cristo" (Santo Agostinho, Comentário do Evangelho de São João, X, 2).

“Porque realizou em mim maravilhas aquele que é Todo-Poderoso e cujo nome é Santo” (Lc 1, 49).



“Ó doce sempre e Virgem Maria...”.

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